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30.12.10 às 13:41

Volume do isopor dificulta reciclagem e satura aterros

Dificuldade logística faz com que empresas e cooperativas só negociem grandes quantidades
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Ao lidar com papéis e embalagens plásticas, o consumidor consciente sabe que o melhor a se fazer é procurar reutilizar o produto e, após esgotada essa possibilidade, encaminhar para a reciclagem. O isopor, por sua vez, apesar de ser um tipo de plástico, apresenta uma característica que dificulta a sua reciclagem: o volume.

O poliestireno expandido, como o isopor é tecnicamente conhecido, é uma espuma formada a partir de derivados do petróleo. Sua composição conta com mais de 95% de ar. Portanto, apesar da baixa densidade, o isopor ocupa muito volume, o que encarece seu transporte e, portanto, sua reciclagem. A maioria das cooperativas e empresas do setor não aceita doações de pequenos volumes do produto.

A Santa Luzia, da cidade catarinense de Braço do Norte, é um exemplo. A empresa produz molduras e rodapés a partir de isopor reciclado, mas compra a matéria-prima apenas de indústrias e lixões ou aterros sanitários.

Velásio Rohden, diretor da empresa, traduz a dificuldade logística para a reciclagem em larga escala do isopor: “Quando você derrete o isopor, o volume final cai pra 10% do que foi coletado”.

Nos aterros sanitários, além de ocupar muito espaço e saturar com mais rapidez os espaços destinados ao lixo, a dificuldade de compactação do isopor prejudica também a decomposição de materiais biodegradáveis. O aterro da Santec, em Içara (SC), como muitos outros, até rejeita o recebimento de resíduos de isopor. “Ocupa muito espaço, não dá pra compactar”, afirma Ionice Vefago, responsável técnica pelo aterro. De acordo com ela, o isopor que chega é encaminhado para outras empresas que compram e reciclam o material.

No caso ir parar nos lixões, o isopor continua sendo um problema. Se for queimado, libera gás carbônico, que polui a atmosfera e contribui para o aquecimento global. Caso se misture ao restante do lixo, e permaneça a céu aberto, o isopor pode demorar até 400 anos para se decompor, já que não é biodegradável.

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