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14.01.13 às 15:40

Turismo, sim, poluição, não

Passaporte Verde orienta viajantes sobre como se divertir sem prejudicar o meio ambiente
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Fernando de Noronha: paisagem belíssima que precisa ser preservada.

 

Comentário Akatu: Turismo sustentável tem tudo a ver com consumo consciente. Campanhas que promovem o turismo preocupado com seus impactos socioambientais abordam como consumir produtos e serviços de lazer, passeios e viagens de forma consciente e respeitosa. Respeito à natureza, às localidades e comunidades visitadas, às espécies animais e vegetais encontradas ao longo do passeio, e a tudo que utilizamos, adquirimos ou influenciamos estão entre as diretrizes do turismo sob essa perspectiva.

 

Um novo tipo de viagem vem ganhando espaço na agenda global, principalmente neste período de férias: o turismo sustentável. Além de gerar emprego e renda, benefícios sociais e preservar o meio ambiente, as práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado. Para orientar e dar informações sobre esse novo modelo de turismo, o Ministério do Meio Ambiente orienta e esclarece dúvidas com a campanha Passaporte Verde.

Trata-se de um guia, disponível na maioria dos pontos turísticos e rede hoteleira brasileira, com detalhes, informações e orientações sobre o turismo sustentável, atividade que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades. A publicação é resultado da força-tarefa internacional para o desenvolvimento do turismo sustentável. No Brasil, a campanha é coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

“Ao escolher seu destino, o turista deve certificar-se que o local oferece meios de transporte, acomodações e tratamento de lixo e esgoto adequados”, destaca o gerente de Projetos da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente, Allan Milhomens. Para isso, deve preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água e priorizem o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. Além de preocupar-se com as emissões de gás carbônico dos meios de transporte que utiliza.

CULTURA E TRADIÇÃO
Após escolher o destino, o turista deve buscar informações sobre a região a ser visitada, cultura e tradição do seu povo, o que garantirá uma melhor convivência durante a sua permanência no local. Outra dica é buscar conhecer as Unidades de Conservação que permitem visitação, como parques, áreas de proteção ambiental, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares, entre outras. Conforme destaca o coordenador da SEDR, o interesse pelo contato com ambientes naturais favorece o trabalho de conservação desses espaços.

Ao fazer a mala, o turista deve pensar no que deve levar, já que a quantidade de itens na bagagem aumenta o impacto da viagem, devido às emissões de gás carbônico e lixo que gera. Uma alternativa é tentar não levar de casa nada que possa encontrar no destino final ou comprar produtos de higiene ou alimentos nos mercados locais. “Sem contar que ao tomar essas atitudes, o turista estará contribuindo com a geração de empregos e aumentando a renda dos moradores”, destaca o representante do MMA. Ele alerta, ainda, para o turista ter cuidado com pilhas, baterias e lâmpadas, pequenos objetos que contêm materiais tóxicos que contaminam a água e o solo quando descartados de forma inadequada. A dica é jamais jogar esse material no lixo comum e depositar esses itens em coletores específicos. Caso o turista não encontrar lugar adequado para depositá-los, traga-os de volta.

MENOS ESFORÇO
Embalagens são um problema para o meio ambiente em qualquer ocasião, inclusive em viagens. A orientação é retirar as mercadorias das embalagens antes de viajar. Além de produzir menos lixo, o turista deixará sua bagagem mais leve, evitará emissões durante o transporte e poupará fôlego durante caminhadas com mochila. “Caso queira levar uma embalagem cheia, traga-a vazia na volta”, orienta Allan Milhomens. Xampus e sabonetes líquidos ecologicamente corretos (biodegradáveis) já estão disponíveis. Uma alternativa é utilizá-los nas viagens e usar a menor quantidade possível. “Isso mantém as fontes de água potável, rios e mares livres de poluição”, acrescenta. Além disso, o viajante pode dar uma finalidade cultural às revistas e aos livros que terminou de ler, deixando-os na própria comunidade ou na escola local.

Tanto para um fim de semana como para uma viagem mais longa, o turista sustentável deve escolher a acomodação que segue as mesmas práticas verdes que deveria ter na sua casa. Esses cuidados vão desde o tipo de construção até o modo como o empreendimento se relaciona com seus colaboradores e com a comunidade. No Brasil, além da rede hoteleira e das pousadas, há a opção de hospedagem na casa dos moradores locais em algumas regiões. Prefira instalações que se preocupem com a sustentabilidade nos seus serviços.

PRÁTICAS VERDES
Para as empresas
• Incorporar os princípios socioambientais à administração e ao treinamento das pessoas, que devem ser capacitadas para exercerem atividades de modo responsável;
• Reduzir o consumo indireto de energia, aquele embutido na fabricação dos itens de consumo, buscando oferecer produtos naturais, especialmente vegetais, feitos na região;
• Reduzir o impacto ambiental de novos projetos e construções, visando à preservação do cenário natural, fauna e flora, levando em consideração a cultura local na arquitetura. Materiais naturais, técnicas construtivas de baixo impacto e baixo consumo energético merecem atenção;
• Controlar e diminuir o uso de produtos agressivos ao ambiente, como amianto, CFCs, pesticidas e materiais tóxicos, corrosivos ou inflamáveis;
• Utilizar energias alternativas, como a solar e eólica, sempre que possível no planejamento das novas construções e instalações;
• Consumir água com racionalidade e eficiência, por exemplo, coletar e utilizar a água da chuva quando possível;
• Não permitir que haja qualquer vazamento de esgoto ou dejetos poluidores.

Para o consumidor
• Evitar o uso desnecessário de água e de produtos químicos, utilizando por mais de um dia suas toalhas de banho e rosto;
• Ligar o ar condicionado, sempre com portas e janelas fechadas, e ventiladores apenas quando necessário;
• Recolher todo o lixo produzido e separar materiais recicláveis de restos orgânicos;
• Utilizar sacolas reutilizáveis de pano ou papel ao invés dos saquinhos plásticos nas compras;
• Na praia, utilizar protetor solar resistente à água para não poluir o mar e prejudicar a fauna marinha;
• Apagar as luzes e desligar os equipamentos do ambiente ao sair;
• Fechar a torneira enquanto escova os dentes. Assim, é possível gastar apenas dois litros de água ao invés de 60;
• Não retirar plantas, nem levar “lembranças” do ambiente natural para casa. Deixar pedras, flores, frutos, sementes e conchas onde foram encontradas para que outros também possam apreciá-los;
• Não comprar animais silvestres;
• Ajudar na educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade de disseminar essa atitude responsável.

Leia aqui a notícia original.

Conheça a campanha.

Veja o vídeo da iniciativa.

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