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06.07.09 às 0:00

Prédios recebem etiqueta de eficiência energética

Consumidor pode saber quais edifícios comerciais e públicos consomem menos energia
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Como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, o Inmetro e a Eletrobrás lançaram a Etiqueta de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos. É um sistema semelhante ao que avalia aparelhos domésticos, como chuveiros elétricos e geladeiras. O objetivo da etiqueta é incentivar projetos que levem em conta características de construções sustentáveis, aproveitando, por exemplo, iluminação e ventilação naturais. Isso reduz a necessidade do uso de iluminação artificial e de sistemas de ar condicionado.

A etiqueta avalia três aspectos dos edifícios: envoltório (a fachada e o entorno), sistema de iluminação e condicionamento de ar. Cada aspecto recebe uma classificação entre A (o melhor nível de eficiência) e E (o pior nível). Os prédios que receberem classificação A nos três sistemas ganharão o selo Procel Edifica. Por enquanto, a etiqueta só está disponível para prédios comerciais, de serviços e públicos, e a previsão do Inmetro é que em 2010 sejam incluídos também os edifícios residenciais. A adesão ao programa por parte de construtores e incorporadores é voluntária, mas, dentro de alguns anos, o cumprimento dos requisitos de eficiência energética deverá ser obrigatório.

Atualmente, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, os edifícios são responsáveis por 42% da energia consumida no país — 23% vai para o setor residencial, 11% para o comercial e 8%, para o setor público. Somente o sistema de ar condicionado devora 48% da energia, e a iluminação, 24%.

Informação ao consumidor
De acordo com João Jornada, presidente do Inmetro, a etiqueta é um instrumento de fácil compreensão sobre a eficiência energética das construções, “para que o consumidor possa escolher o melhor prédio de acordo com seus interesses de ter uma conta de energia menor e de poder contribuir para resolver o problema da sustentabilidade do mundo”.

Calcula-se que, em novos projetos, adequar um prédio aos melhores padrões de eficiência energética torne o custo da construção 5% mais alto. Entretanto, no longo prazo, um edifício com características de construção sustentável traz ganhos não só para o meio ambiente, mas também para o bolso de quem mora ou trabalha nele. A economia de energia na ocupação do prédio pode chegar a 50% do que seria consumido sem esses padrões de eficiência. Em prédios antigos, a economia de energia pode chegar a 30%.

Sustentabilidade em casa
Mesmo antes que o Inmetro apresente a etiqueta de eficiência energética para prédios residenciais, qualquer pessoa pode levar em conta alguns princípios da construção sustentável na hora de comprar ou reformar uma casa ou apartamento. Veja alguns deles:

  • Projeto sustentável: o ideal é incorporar as características da construção sustentável desde a fase de projeto. Durante a obra, a escolha dos materiais pode privilegiar os que atendem requisitos de sustentabilidade, como tubulações feitas de plástico reciclado, madeira certificada ou de reflorestamento (com garantia de que não é proveniente de desmatamento ilegal), fibras naturais e materiais reaproveitados de demolição.
  • Eficiência energética: a definição da localização e da dimensão das portas e janelas pode favorecer a ventilação natural, evitando assim o uso do ar-condicionado, um dos aparelhos que mais consome energia elétrica. Janelas que permitam uma boa luminosidade também tornam desnecessário deixar as lâmpadas acesas durante o dia.
  • Medições individuais: nos condomínios, é importante que haja uma medição individualizada de água e gás para cada apartamento, pois isso reduz o consumo em até 30%.
  • Equipamentos eficientes: dentro de casa, é possível optar pela instalação de equipamentos que facilitam a economia de energia elétrica e água, como lâmpadas de baixo consumo, torneiras ou válvulas de descarga com fluxo reduzido e até mesmo um aquecedor solar — uma fonte de energia limpa e renovável — para o chuveiro ou para a piscina.
  • Uso consciente: mesmo que uma casa ou apartamento tenha várias características das construções sustentáveis, é nos gestos cotidianos de seus moradores que o consumo consciente será praticado. Isso é feito com atitudes simples do dia-a-dia, como reduzir o tempo do banho, apagar as luzes de ambiente vazios, desligar os aparelhos eletrônicos quando não estão em uso e separar o lixo para reciclagem.

Selos de eficiência energética
O Programa Brasileiro de Etiquetagem avalia o consumo de energia de vários equipamentos e eletrodomésticos, como chuveiros, lâmpadas, aparelhos de ar condicionado e fogões a gás.

  • Conheça mais sobre o Programa Brasileiro de Etiquetagem clicando aqui.
  • Veja aqui como são as etiquetas que informam a eficiência energética dos aparelhos.
  • Veja aqui todos os aparelhos avaliados de acordo com seu consumo de energia.
  • Consulte aqui a lista de equipamentos que receberam o selo Procel ou o selo Conpet (para aparelhos domésticos a gás). Só ganham o selo os campeões em eficiência energética em cada categoria.

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