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27.12.10 às 5:58

Pó especial diminui a evaporação de água

Produto ambientalmente saudável forma uma barreira protetora entre a água doce e a atmosfera, evitando a evaporação; iniciativa pode combater à seca no Nordeste
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Comentário Akatu:: Menos de 3% de toda a água no mundo é doce, dos quais uma ínfima parte encontra-se na superfície terrestre _ou seja, trata-se de um recurso precioso, muito menos abundante do que imaginamos. O desenvolvimento de maneiras econômicas e ambientalmente seguras de preservá-la é importante e deve ser apoiado pelos consumidores conscientes e pelas empresas socialmente responsáveis.

Ainda está longe o dia em que a seca no Nordeste brasileiro deixará de ser um problema. No entanto, uma solução contra a evaporação de água nos açudes (um dos vilões da escassez) tem mostrado bons resultados em testes de campo e pode contribuir para acelerar a mudança de cenário.

O produto em questão é um pó composto por surfactantes e calcário. Jogada na água, a mistura forma um filme que diminui a rugosidade da superfície e, por conseqüência, a área exposta aos elementos que aceleram a evaporação. O filme ultrafino forma uma espécie de barreira protetora entre a água e a atmosfera, sem prejudicar as trocas gasosas.

Os primeiros testes foram realizados na represa do Broa, em São Carlos, interior de São Paulo. O pó é espalhado manualmente na superfície da água, apenas com o auxílio de uma pá, luvas e uma máscara para evitar a inalação.

O custo do produto é de R$ 20 o quilo, quantidade suficiente para cobrir uma área de 10 mil metros quadrados. A reaplicação deve ser feita a cada 48 horas em média. A eficiência varia de acordo com o ecossistema. Áreas com alta concentração de bactérias e muito vento diminuem o tempo de ação do pó. A redução da evaporação de água pode chegar a 50%.

Em lugares onde a água é escassa e a evaporação alta, o retorno financeiro do investimento alcançaria 100%. Esta tecnologia seria até dez vezes mais barata do que a dessalinização, técnica comumente empregada para obtenção de água doce no Nordeste. Testes de longa duração nos açudes nordestinos devem ser realizados em 2006.

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