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31.12.10 às 3:57

Pesquisa 2005: Consumidor brasileiro quer “empresas cidadãs”

Nova publicação do Akatu foi lançada em São Paulo e revela grande expectativa sobre papel social das empresas
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Sessenta por cento acha que empresas devem ajudar a reduzir distância entre ricos e pobres Apenas 15% puniu empresas por má conduta; tendência maior é em “premiar” RSE desperta interesse em 78% dos brasileiros Oitenta e dois por cento ressalta total responsabilidade das empresas sobre qualidade e segurança dos produtos.

Comparado aos consumidores de outros países, o brasileiro espera mais participação das empresas nas áreas da saúde, educação e cultura – como uma contribuição efetiva no combate à desigualdade social . E embora mais próxima da média mundial, a expectativa do brasileiro em relação às “responsabilidades operacionais” das empresas também é maior (veja gráfico). Essas são duas das principais conclusões da “Pesquisa 2005 – Responsabilidade Social das Empresas – Percepção do Consumidor Brasileiro”, nova publicação dos Institutos Akatu e Ethos que foi lançada em evento nesta quinta-feira, 20 de julho, em São Paulo. A publicação contém dados de estudo realizado pela Market Analysis, teve o patrocínio do Carrefour – parceiro mantenedor do Akatu – e está disponível na íntegra para download.

“A maior expecattiva do brasileiro em relação às responsabilidades cidadãs indica que a empresa deve também prestar serviços públicos, muitas vezes preenchendo um espaço que o poder público não conseguiu”, disse no evento um dos autores da pesquisa e diretor-geral da Market Analysis, Fabián Echegaray. Ele acrescentou que o estudo também aponta uma maior receptividade do consumidor em relação ao tema da responsabilidade social empresarial, acompanhada de cobrança equivalente. “O consumidor é cada vez mais um fiscal corporativo”, afirmou. Leia: “Sessenta por cento acha que empresas devem ajudar a reduzir distância entre ricos e pobres

A maior expectativa do consumidor em relação às empresas está criando, segundo o diretor presidente do Akatu, Helio Mattar, um novo atributo competitivo no mercado. “Se as empresas não estabelecerem e seguirem padrões éticos nas relações com seus mais diversos públicos, elas vão perder mercado”, afirmou, na sua exposição. Mattar salientou que o desafio atual é que a “massa crítica” de consumidores influencie de forma contínua o mercado e que o papel social das empresas se torne tão importante para as organizações quanto a obtenção do lucro. A “Pesquisa 2005” mostra, também, que o brasileiro pune pouco as empresas se comparado a consumidores de outros países. Leia: “Apenas 15% puniu empresas por má conduta; tendência maior é em “premiar”

Oportunidade

As empresas já estão reorientando suas estratégias para atender às novas exigências do consumidor. É o que pensa Ricardo Young, diretor-executivo do Instituto Ethos. “A dimensão cidadã da RSE se faz cada vez mais presente”, assegurou. Segundo ele, as empresas estão mais conscientes a respeito do seu papel social e vêem isso como oportunidade de mercado. Leia: “RSE desperta interesse em 78% dos brasileiros

O diretor de agronegócios do Grupo Carrefour, Arnaldo Eijinsk, deu o seu depoimento sobre o programa “Garantia de Origem”, que estabeleceu um padrão rígido de controle de impacto ambiental e social nas operações da empresa. “Nossos fornecedores estão mais felizes em trabalhar de acordo com esses novos valores”.

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