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03.10.12 às 13:11

Para cientistas noruegueses, derretimento no Ártico é maior do que o esperado

Estudo da NASA evidencia que a temperatura média da Terra foi a nona mais quente nos últimos 130 anos
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A velocidade do degelo na região do Ártico tem alarmado cientistas e superado até mesmo as projeções climáticas realizadas na última década. Cientistas do Instituto Polar Norueguês que estudam a região afirmam que tanto o volume quanto a velocidade do derretimento vão além das expectativas e indicam que a atual conjuntura é inédita em um cenário de pelo menos 1,5 mil anos.

A camada de gelo na região, cada vez mais fina, e a intensidade do fenômeno também apontam para a suspeita de que a tendência seja um padrão crescente, ao invés de um fenômeno isolado.

Um vídeo da NASA fruto de estudo divulgado no início do ano, mostra que a temperatura média da superfície da Terra em 2011 foi a nona mais quente nos últimos 130 anos, quando os primeiros registros meteorológicos foram feitos no mundo. O estudo concluiu que o século 21 computou nove dos os dez anos mais quentes registrados pela meteorologia moderna. A animação produzida pelo Instituto Goddard para Estudos Espaciais da NASA enfatizou a gravidade dos resultados mesmo em uma conjuntura de esfriamento ocasionada pelo fenômeno La Niña e da atividade solar reduzida dos últimos anos. No vídeo é possível visualizar um comportamento na variação na temperatura semelhante ao observado pelos cientistas de Instituto Polar Norueguês.

Os cientistas noruegueses constataram que em agosto o derretimento do Ártico foi o maior em 30 anos, período em que as medições via satélite foram iniciadas. Segundo os estudiosos, essa ocorrência constante poderia influenciar o clima europeu, cujos ventos são regulados de acordo com a variação térmica entre os tópicos e a região do Ártico – isso causaria mudanças na intensidade do regime de chuvas e de seca na Europa.

Tanto o vídeo quanto os depoimentos dos cientistas noruegueses apontam para uma evidente mudança no comportamento da temperatura da Terra ao longo da história. Essa alteração pode ser atribuída, entre outros fatores, ao processo intenso de urbanização e industrialização e ao crescimento dos padrões de produção e consumo experimentado após a Revolução Industrial até os dias de hoje. Sem mudanças significativas que revertam esse quadro, as temperaturas provavelmente continuarão sinalizando um futuro cada vez mais quente e com desequilíbrios de alcance global.

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Assista ao vídeo da NASA:

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