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06.11.13 às 14:51

Mudanças climáticas colocam em risco o fornecimento de alimentos

O alerta sobre a oferta de alimentos é o mais alarmante que o IPCC já emitiu
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Comentário Akatu: A incidência dos efeitos das mudanças climáticas segue aumentando, apesar de estudos recentes apontarem que a taxa de aquecimento global na última década será menor que o previsto. Segundo dados do novo relatório do IPCC, por exemplo, a produção agrícola corre riscos por conta das mudanças climáticas e isso pode prejudicar o fornecimento mundial de alimentos. Por meio de mudanças em suas práticas cotidianas, os consumidores podem colaborar e ser parte da solução desse problema. Percebendo-se como cidadãos e se empoderando, podem pressionar as empresas para produzirem de forma mais limpa. Este novo comportamento e esta nova consciência são primordiais para reduzir o aquecimento global e suas consequências ruins ao clima do planeta.

As mudanças climáticas vão impor sérios riscos para o fornecimento de alimentos do mundo nas próximas décadas, o que pode prejudicar a produção agrícola e elevar seus preços. Os alertas estão em um versão preliminar do relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC), ainda em finalização, que vazou. O documento não é definitivo e pode mudar antes de ser lançado em março de 2014.

O alerta sobre a oferta de alimentos é o mais alarmante que o painel já emitiu e baseia-se em um grande conjunto de pesquisas realizadas nos últimos anos. O relatório anterior, de 2007, era mais esperançoso. Também alertava sobre os riscos e perdas potenciais na produção, particularmente nos trópicos, mas dizia que os ganhos de produção em latitudes mais elevadas provavelmente iriam compensar as perdas, garantindo uma oferta global adequada.

Anteriormente, alguns cientistas haviam concluído que o aumento das temperaturas teria efeitos benéficos sobre as colheitas de determinados lugares, mas que, globalmente, iria dificultar que algumas culturas alimentícias prosperassem – talvez reduzindo a produção em até 2% a cada década deste século, em comparação com o que aconteceria sem as mudanças climáticas.

O novo relatório aponta impactos radicais relacionados às mudanças climáticas que já estariam ocorrendo em todo o planeta, e adverte que estes são suscetíveis a se intensificarem, já que as emissões humanas de gases do efeito estufa continuam a aumentar. Os cientistas descrevem um mundo natural em conflito, no qual plantas e animais colonizariam novas áreas para escapar da elevação das temperaturas, enquanto outras diversas espécies seriam extintas.

Se o futuro relatório revelar-se correto, para que a demanda mundial de alimentos possa ser suprida – se isso for realmente possível – novas terras deverão ser colocadas à disposição da produção. Isso poderia implicar na derrubada de grandes áreas de floresta, algo que só aceleraria as mudanças climáticas por meio da emissão de quantidades substanciais de dióxido de carbono no ar com a destruição de árvores.

O recente trabalho também desafia as suposições anteriores sobre o quanto a produção de alimentos poderia aumentar nas próximas décadas por causa de altos níveis de dióxido de carbono na atmosfera. O gás, que é a principal razão para o aquecimento global, também funciona como um tipo de fertilizante para as plantas.

O relatório conclui que os esforços para se adaptar às mudanças climáticas já começaram em diversos países, mas que estes continuam a ser insuficientes em comparação aos riscos. Além disso, prevê que planos de adaptação mais intensivos – e caros – serão necessários no futuro.

 

Clique aqui para ler a notícia original em inglês, publicada pelo New York Times.

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