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10.12.14 às 15:26

Mobilização da SOS Mata Atlântica adia votação de lei que agrava a crise de água em SP

Após ato no Monumento às Bandeiras, a ONG reuniu-se com líderes políticos para mostrar falhas graves no projeto, que pode reduzir matas ciliares em SP
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Crédito: Divulgação

 

A Fundação SOS Mata Atlântica realizou no dia 9 de dezembro uma mobilização contra o Projeto de “Lei do Desmatamento” (PL 219/14), que regulariza o desflorestamento e diminui as APPs (Áreas de Preservação Permanente), assim como as matas ciliares em São Paulo, acentuando ainda mais a crise de água no Estado. A votação do projeto, que está sob regime de urgência, foi retirada da pauta temporariamente para uma nova rodada de discussão.

Nesta quarta-feira (10), a coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, irá participar da reunião do colégio de líderes para apontar falhas técnicas no projeto.  ”Conseguimos mostrar que há problemas gravíssimos, levando a discussão para o Conselho de Recursos Hídricos e líderes da assembleia. Mas uma parte dos deputados continua irredutível, precisamos manter a sociedade mobilizada”, afirma o diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani, em notícia publicada no site da instituição.

Saiba por que a Lei é prejudicial

O evento, organizado por meio das redes sociais, contou com a presença de cerca de 150 pessoas, que participaram da manifestação no Monumento às Bandeiras, em frente à Assembleia Legislativa, onde foi feito um mosaico de baldes vazios para simbolizar a escassez de água no Estado. Com faixas e bandeiras, a mobilização teve o objetivo de conscientizar a população sobre o problema e alertar os deputados estaduais a não votarem o PL 219/2014. Após a manifestação, o grupo se dirigiu para a Assembleia Legislativa e cobrou dos deputados um debate mais amplo sobre o projeto de lei, que poderia ser votado nesta terça-feira.

Em estudos recentes da SOS Mata Atlântica divulgados em outubro deste ano constatou-se que a cobertura florestal nativa na bacia hidrográfica e nos mananciais que compõem o Sistema Cantareira, centro da crise no abastecimento de água que assola São Paulo, está pior do que se imaginava. Hoje, restam apenas 488 km² (21,5%) de vegetação nativa na bacia hidrográfica e nos 2.270 km2 do conjunto de seis represas que formam o Sistema Cantareira.

Durante a manifestação, Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica, reforçou o Não ao PL219 e defendeu a proteção à agua.

 

*Texto publicado originalmente no site da Fundação SOS Mata Atlântica

 

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