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17.08.15 às 11:12

Mais empresas brasileiras passam a publicar suas emissões de gases de efeito estufa

Coordenada pelo GVces da EAESP-FGV, a iniciativa tem como objetivo a difusão da cultura de realização de inventários de GEE entre organizações brasileiras
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O Programa Brasileiro GHG Protocol, iniciativa para publicação de inventários corporativos de gases de efeito estufa (GEE), realizou no dia 11 de agosto, no Teatro Vivo, em São Paulo (SP), a 7ª edição de seu evento anual. Na ocasião, foram publicados 313 inventários – sendo 133 de organizações membros da iniciativa

Coordenada pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da EAESP-FGV, a iniciativa tem como objetivo a difusão da cultura de realização de inventários de GEE entre organizações brasileiras e, desde sua criação em 2008, possui em seu Registro Público de Emissões mais de 1.100 inventários de GEE disponíveis para consulta.

Os dados apresentados no Evento Anual apontam que a mensuração as emissões de GEE está na pauta de organizações em diferentes elos da cadeia de valor, não sendo a prática restrita apenas às grandes empresas – mais de 50% das organizações que publicaram seus inventários tiveram emissões diretas menores que 9 mil toneladas de CO2.

Dos membros do Programa em 2015, 37 organizações possuem emissões diretas (Escopo 1) entre 9 e 100 mil tCO2e (28%) e 24 organizações com emissões diretas acima de 100 mil tCO2e (18%). Este último grupo, apesar de menos representativo, possui grande relevância frente ao total de emissões dos membros do Programa e, consequentemente, grande potencial para contribuir para a transição para uma economia de baixo carbono.

Para o levantamento deste ano, foram analisados os inventários de emissões de GEE de 133 membros do Programa Brasileiro GHG Protocol, que representam 17 setores da economia . Dessas organizações, 88% são empresas privadas, 7% empresas públicas/mistas ou instituições governamentais e 4% organizações do terceiro setor. Buscando aumentar sua transparência, 20% apresentaram o relato desagregado das emissões de GEE, mesmo percentual do ano passado que permite um olhar mais completo e detalhado do perfil de emissões de cada unidade de uma empresa. Esse percentual representa um aumento significativo na transparência dos membros do Programa: em 2012, o grupo que desagregou o seu inventário foi de 17%, e em 2011, de 4%.

Desde 2008, quando o Programa foi criado, houve um aumento de 393% na participação de organizações – de 27 para 133 membros. Hoje, os setores com maior representatividade são indústrias de transformação (35%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (10%), eletricidade e gás (9%), atividades profissionais científicas e técnicas (6%), transporte, armazenagem e correio (5%), construção (5%) e outros setores somaram 36%.
O coordenador do Programa Brasileiro GHG Protocol, George Magalhães, avalia que as empresas brasileiras têm avançado na gestão dos seus impactos climáticos, o que é perceptível a partir do constante aumento no número de empresas tornando pública a informação sobre suas emissões de GEE. “O setor privado possui um grande potencial de redução de emissão desses poluentes, e, para realizar esse potencial, é imprescindível conhecer o perfil destas através do inventário de GEE. Há um movimento global de transição para uma economia de baixo carbono e a atuação do setor privado, aliado às políticas públicas sobre clima, contribuirá decisivamente para o sucesso dessa transição”.

Os resultados completos apresentados no evento – que teve participação de mais de 320 representantes das empresas membros, governos e sociedade civil (presentes e via internet) – estão disponíveis no site www.ghgprotocolbrasil.com.br. Clique aqui e acesse às apresentações feitas durante o evento.

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