Os 5.507 municípios brasileiros despejam anualmente 50 milhões de toneladas de resíduos em lixões, cerca de 136 mil toneladas por dia, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse volume equivale a dez vezes ao que é coletado na cidade de São Paulo.
Para a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), o maior problema dos resíduos urbanos está na disposição final e não na coleta, que já atende mais de 91% da população urbana. Apenas 13,8% dos municípios depositam os resíduos em aterros sanitários. Os demais descarregam em lixões, que não contam com instalações adequadas para armazenar, tratar e monitorar os rejeitos, como, por exemplo, a impermeabilização do terreno. Esses lixões provocam contaminações do solo e da água e a proliferação de vetores de doenças, como ratos e insetos.
Para resolver esse problema, implantando mais aterros sanitários e fechando os lixões, um estudo do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Caixa Econômica Federal (CEF) estima que são necessários investimentos de R$ 1,5 bilhão. O governo pode contar com a iniciativa privada para investir nesse setor. Mas, segundo a Abetre, também é necessária uma política pública que contemple, além dos recursos financeiros, incentivos eficazes, que realmente induzam as prefeituras a substituir essa prática poluidora por processos seguros de disposição de resíduos.
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