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28.10.11 às 15:03

Já somos mais de 7 bilhões de pessoas no mundo, diz ONU

Investimentos adicionais na educação da juventude e escolhas individuais com benefícios coletivos são os caminhos para o desenvolvimento sustentável
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Já somos mais de 7 bilhões de pessoas no mundo. O número histórico foi alcançado na segunda-feira (31/10) e devemos chegar a 9 bilhões em 2050, segundo o Fundo de Populações das Nações da Organização das Nações Unidas (UNFPA). A Ásia, onde vivem dois terços da população mundial, recebeu simbolicamente o ser humano de número 7 bilhões, uma pequena filipina de nome Danica May Camacho cujo nascimento foi celebrado na capital Manila e ilustra os desafios planetários de crescimento demográfico.

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Danica nasceu no domingo, dois minutos antes da meia-noite, no José Fabella Memorial Hospital, um centro público da cidade. Seus pais, Florante Camacho e Camille Dalura, foram felicitados por representantes da ONU. “O mundo e seus 7 bilhões de habitantes formam um conjunto complexo de tendências e paradoxos, mas o crescimento demográfico faz parte das verdades essenciais em escala mundial”, declarou a representante do UNFPA nas Filipinas, Ugochi Daniels.

De acordo com o relatório “Pessoas e possibilidades em um mundo de 7 bilhões”, publicado pela entidade na quarta-feira (26/10), a resposta da geração atual ao crescente aumento da população vai determinar se a humanidade terá um futuro sustentável e próspero ou se ficará marcada por mais desigualdades, declínio ambiental e retrocessos econômicos.

O documento destaca ainda que as perspectivas de crescimento da população podem ser vistas como um “sucesso para a humanidade”, já que “isso [aumento populacional] significa que as pessoas estão vivendo mais”, porém, chama a atenção para o fato de que nem todos têm se beneficiado desta realização. “Existe uma grande disparidade de oportunidade entre os países e dentro deles; nos direitos e oportunidades e; entre homens e mulheres. Promover a igualdade em vez de exacerbar ou reforçar as desigualdades é mais importante do que nunca”, aponta o relatório.

“Com planejamento e investimentos certos na juventude atual de forma a capacitá-los a fazer escolhas que não são boas apenas para si, mas também para a comunidade global, o nosso mundo de 7 bilhões pode prosperar, ter cidades sustentáveis e forças produtivas do trabalho que estimulem o crescimento econômico sustentável das sociedades “, afirma Babatunde Osotimehin, diretor executivo do UNFPA.

Vale lembrar que, atualmente, o consumo excessivo, que também é desigual, colocou a humanidade no cheque especial da natureza, ou seja, já estamos consumindo 50% mais do que o planeta é capaz de renovar. Isso significa que é fundamental uma redução da pressão sobre matérias-primas, insumos, energia, água, produtos químicos e sintéticos, petróleo, transporte e embalagens; o que resultaria em menos esgotos industriais e diminuição dos gases de efeito estufa, causadores do aquecimento global.

É inevitável, todo ato de consumo causa impactos positivos e negativos sobre a natureza, a sociedade e a economia. Por isso devemos consumir diferente, sem desperdícios, ampliando assim os impactos positivos e reduzindo os negativos. Isso é consumo consciente. O desafio, portanto, é consumir de um jeito diferente. No processo de compra, isso significa considerar a preocupação com o bem estar da humanidade, a responsabilidade em relação à conservação da natureza e às relações sociais e a construção de uma economia sólida e sustentável.

O relatório
Segundo o relatório da UNFPA, os principais fatores que contribuem para o rápido aumento populacional são a alta taxa de natalidade em alguns países e a maior longevidade da população em outros. Hoje, 893 milhões de pessoas têm mais de 60 anos. Até a metade deste século, segundo a ONU, este número vai praticamente triplicar, chegando a 2,4 bilhões. A expectativa de vida média atual é de 68 anos, quando era de apenas 48 anos em 1950.

Na Grã-Bretanha, o número de pessoas com mais de 85 anos mais do que dobrou entre 1985 e 2010 para 1,4 milhão, enquanto o percentual de pessoas com menos de 16 anos caiu de 21% para 19% no mesmo período.

Já na Zâmbia, no sul da África, a grande questão para o governo é o altíssimo número de nascimentos. Com uma população de 13 milhões de pessoas, as estimativas são de que esse número triplique até 2050 e chegue a 100 milhões até o fim do século, fazendo com que o país tenha uma das populações que mais crescem no planeta.

“É preciso mais planejamento e investimento nas pessoas para lidar com a crescente população mundial e suas consequências – a necessidade por mais alimentos, água e energia e a maior produção de lixo e poluição”, recomenda o relatório.

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