A Revista Exame apresentou nesta última semana de novembro seu Guia de Sustentabilidade com a indicação das empresas mais sustentáveis de 2011, e o destaque é a Unilever, eleita a empresa sustentável do ano.
Outras 20 corporações também aparecem na lista, entre elas Alcoa, Braskem, Natura, Masisa, Promon, Kimberly-Clark, Fibria, Bunge, Dow, Itaú Unibanco e Philips. Nestas e na vencedora Unilever, o Instituto Akatu mantém ou manteve recentemente projetos de sensibilização e conscientização para o consumo consciente para funcionários, apoiadores ou clientes. No total, 224 empresas se inscreveram, número 10% superior ao registrado na edição passada.
Na primeira parte do processo de seleção, os grupos precisaram detalhar em um questionário suas práticas sustentáveis nas dimensões geral, social, econômica e ambiental. Ao todo foram 126 questões elaboradas pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces), da Fundação Getúlio Vargas.
Entre as 224 empresas, 158 responderam ao questionário completo e tiveram seu desempenho avaliado, recebendo uma pontuação para cada uma das dimensões avaliadas, o que reduziu a seleção para 39 concorrentes.
A nova lista foi submetida a um conselho deliberativo independente, que escolheu o que o guia chama de “as 21 empresas-modelo”, com base em análise da consistência das informações. Entre os conselheiros estava o diretor-presidente do Akatu, Helio Mattar, e Pedro Mader Meloni, conselheiro para a América Latina e o Caribe do Internacional Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial.
Para estimular as práticas sustentáveis entre pequenos e médios negócios, foi escolhida neste ano uma empresa com faturamento anual de até 150 milhões de reais – o Laboratório Sabin, de Brasília. Apenas para dimensionar, a Unilever, empresa campeã do Guia Exame de Sustentabilidade 2011, teve faturamento registrado de 12 bilhões de reais.
Avanços
Entre as equipes participantes do Guia de Sustentabilidade 2011, foram constatados avanços no compromisso com o desenvolvimento sustentável, em especial na área ambiental.
A proporção de empresas que elaboram inventário de emissão de gases de efeito estufa, um dos indicadores da preocupação com o impacto gerado por suas atividades no meio ambiente, aumentou de 59%, em 2010, para 65%, em 2011.
O índice de empresas que usam material reciclado em suas operações aumentou de 80% para 89%. O mais interessante é que o reaproveitamento de resíduos dos participantes é feito, muitas vezes, por meio de tecnologia própria, que leva de volta o material à cadeia produtiva da empresa, usado como matéria-prima.
Os critérios sociais também foram levados em conta pelas corporações, principalmente na escolha dos fornecedores. O número para esse critério subiu de 83%, em 2010, para 90%, em 2011. Já a garantia de igualdade de tratamento entre funcionários e terceirizados teve adesão de 82% para 84% dos participantes do Guia.
Entre os destaques do ano, 12 empresas são apoiadoras do Akatu. A Unilever é apoiadora estratégica; o Itaú, apoiador pioneiro; Braskem e Natura, também estratégicas; Philips e Kimberly-Clark, apoiadoras mantenedoras; Masisa, apoiadora máster; Fibria e Bunge, apoiadoras beneméritas, e Alcoa, Dow e Promon são apoiadoras ouro.
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