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30.03.12 às 17:50

“Governo deveria exigir das empresas contrapartidas sustentáveis”

Gerente executivo do Ethos diz que crise atual não é apenas econômica, mas do modelo de desenvolvimento
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O gerente-executivo de Relações Institucionais do Instituto Ethos, Henrique Lian, avalia que o governo brasileiro tem socorrido as empresas desde a explosão da crise econômica mundial, em 2008, garantindo sua saúde econômica. Mas que tem sido tímido nas exigências que faz aos setores econômicos como contrapartida, no que diz respeito à sustentabilidade.

“As ajudas (necessárias, diga-se), deveriam ter robustas exigências de contrapartidas sustentáveis nos processos dessas empresas, em toda a cadeia produtiva, e não apenas com o objetivo de vender mais”, explicou.

Lian participou da mesa sobre Rio+20 (Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, que acontecerá no Rio de Janeiro, em junho, 20 anos após a Rio-92). Na mesa, estavam também Samyra Crespo, secretária do ministério do Meio Ambiente, e Pablo Farias, representante da Fundação Ford. A discussão foi mediada por Aron Belinky, do Vitae Civilis.

O representante do Ethos destacou a importância da consolidação do conceito de desenvolvimento sustentável para os países e para os negócios. Apontou que a crise econômica pode incentivar uma participação mais efetiva das empresas como agentes na construção do Desenvolvimento Sustentável: “Afinal, dos cem maiores agentes macroeconômicos do planeta, 37 são empresas”, disse Lian. Para ele, o momento atual revela não apenas uma crise econômica, mas uma crise do modelo de desenvolvimento.

Para Farias, da Fundação Ford, o principal desafio a ser respondidos na Rio+20 é como dividir a prosperidade entre todos no planeta com a velocidade necessária. “Precisamos encontrar caminhos para sociedades sustentáveis, com justiça social.” Segundo Farias, a sociedade civil dos países emergentes também terá papel importante nesta Conferência. “Nos EUA, vemos um pessimismo generalizado. Talvez reflexo da crise econômica. Mas há um dinamismo importante e crescente em países como Brasil e Índia, que será fundamental”, disse.

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