Comentário Akatu: Um modelo de sociedade mais sustentável envolve, de um lado, consumidores mais conscientes e, de outro, empresas dispostas e preparadas a inovar no atendimento às suas demandas, oferecendo-lhes alternativas de produtos e serviços mais sustentáveis. Estudos como esse do Pnuma confirmam que é possível – e muito interessante do ponto de vista econômico – investir no sentido de alcançar o bem-estar desejado com um uso muitíssimo inferior de recursos naturais. Mais do que uma tendência, essa mudança de paradigma rumo à economia verde parece ser a alternativa viável para combater os efeitos dos padrões insustentáveis de produção e consumo que vêm sendo adotados há dezenas de anos.
O futuro do setor privado dependerá, cada vez mais, da habilidade do comércio de adaptar-se às mudanças do meio ambiente, além de desenvolver bens e serviços que reduzam o impacto das mudanças climáticas.
A conclusão é parte de um relatório, divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, no dia 21 de junho, em Nairóbi, capital do Quênia.
Mercado
O documento, “GEO-5 para o Negócio: Impactos de Mudanças Ambientais sobre o Setor Corporativo” (clique aqui para ler o relatório na íntegra em inglês), cita a escassez de água, emissões de químicos nocivos e outras preocupações ambientais.
Segundo o relatório, o mercado também sofre com o impacto dos custos operacionais dos produtos e disponibilidade de matérias-primas.
Mas de acordo com o Pnuma, as mudanças ambientais também oferecem grandes oportunidades para os negócios e para empresários que saibam gerenciá-las.
Decisões Mais Criativas
O chefe do Pnuma, Achim Steiner, afirmou que o estudo fala sobre a realidade das mudanças e a escassez de recursos naturais, além de delinear como decisões mais criativas, por parte do setor privado, podem ajudar o mundo a vencer esses obstáculos.
Segundo Steiner, o mundo está à procura de soluções, sejam elas para a economia de água, infraestrutura à prova das mudanças climáticas ou economia verde.
Os gastos com energia foram citados no relatório com o exemplo dos hospitais, que consomem mais que o dobro de eletricidade que um escritório do mesmo tamanho. No Brasil, os hospitais utilizam mais de 10% do consumo comercial de energia do país.
O estudo do Pnuma baseou-se no Panorama Ambiental Global (GEO 5), considerado a análise mais abrangente da ONU sobre o estado do meio ambiente no mundo.
A agência da ONU fez ainda uma análise detalhada dos setores de construção, químicos, mineração, produção de alimentos e outras indústrias, e como o mercado pode se ajustar para criar vantagens competitivas em longo prazo.
Clique aqui para ler a notícia completa, publicada pela Radio ONU.