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03.12.10 às 12:55

Evento aponta compromisso do setor financeiro com o consumo consciente

Durante congresso das empresas de cartões de crédito, Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, foi homenageado
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Muito provavelmente, seu banco e seu cartão de crédito mantêm negócios economicamente viáveis e rentáveis. É da natureza deles, e, pelo bem de toda a economia, melhor que o façam de forma segura. Mas esses negócios são também ambientalmente corretos e socialmente justos? É essa a pergunta que o consumidor do século 21 deve fazer ao prestigiar ou punir uma instituição financeira; ao depositar ou não ali seu dinheiro e seus investimentos; ao usar ou rejeitar determinada bandeira de cartão de crédito.

Esses foram alertas dados ao consumidor por Carlos Nomoto, superintendente de Desenvolvimento Sustentável do Banco Real ABN Amro (parceiro pioneiro do Instituto Akatu), por Aron Belinky, consultor de pesquisas e métricas do Akatu, e Álvaro de Sousa, presidente do conselho diretor do WWF Brasil, que participaram do painel “Sustentabilidade e o papel das instituições financeiras na sociedade”, dia 30 de agosto, no C4 (Congresso de Cartões de Crédito ao Consumidor), realizado em São Paulo.
E, quando se fala em sustentabilidade (negócios viáveis, de baixo impacto ambiental e justos) não é só nos prédios e escritórios das instituições, fazendo uso racional de água, papel ou energia. Mas a questão é com quem as instituições financeiras fazem negócios? Quem ou o que financiam?

Com o poder financeiro que detêm, essas instituições podem interferir de maneira decisiva no governo, nos fornecedores e em seus clientes para buscar novos modelos de produção e consumo que não esgotem os recursos naturais.

“A responsabilidade socioambiental deixou de ser vista como um risco. Virou oportunidade de bons negócios hoje. E o consumidor valoriza isso”, comentou Sousa, do WWF.
“O banco tem investido em novos negócios, como microcrédito, e financiado clientes que buscam produzir energia eólica e biodiesel”, disse Nomoto, do Real.

Belinky, do Akatu, mostrou que hoje a humanidade já consome 25% a mais de recursos naturais, água e energia do que a Terra é capaz de renovar. “Estamos sacando além do limite. Estamos usando o patrimônio”, disse o consultor, parafraseando termos do mercado financeiro. “E todos conhecem o resultado de dilapidar o patrimônio”, alertou.

Homenagens
Durante a noite, o congresso homenageou empresários e executivos de relevância no setor. O diretor-presidente do Akatu, Helio Mattar, foi um dos homenageados, por sua relação com as empresas e os esforços na educação para o consumo consciente. Também foram destacados Neivaldo Rocha, fundador do Grupo Guararapes e Lojas Riachuelo; Samuel Klein, Fundador das Casas Bahia; Deib Otoch, Fundador das Lojas Esplanada; Luiz Acosta Acosta, que foi gerente geral da Visa do Brasil; Sérgio Darcy, que conduziu a criação do Microcrédito e do Correspondente Bancário no Banco Central; Élcio de Lucca, presidente da Serasa; Francisco Pio, fundador das Lojas Visão; Agnaldo Calbucci, presidente da Atento, e, em homenagem póstuma, Roberto Haidar, que foi superintendente de marketing e serviços da Associação Comercial de São Paulo.

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