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30.12.10 às 8:41

Escolhas conscientes

Crianças aprendem a se alimentar corretamente com ações educativas que utilizam jogos e um conto infantil
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Crianças com idades entre 7 e 10 anos, estudantes de escolas localizadas no bairro paulistano de Vila Mariana, foram expostas durante um ano letivo a ações educativas, com a utilização de jogos e um conto infantil, para aprender a se alimentar corretamente e, dessa maneira, prevenir doenças na idade adulta.

“Ao final, observamos mudanças pequenas, porém, consistentes”, avalia o coordenador da pesquisa, professor José Augusto Carrazedo Taddei, do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Houve diminuição do consumo de guloseimas, pequeno aumento na atividade física e redução na obesidade”, diz.

Um dos primeiros resultados concretos do estudo é um jogo educativo, chamado Prato Feito, previsto para ser lançado comercialmente até o final do ano pela empresa Pais&Filhos, de Aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul.

A disputa para chegar ao final do tabuleiro envolve 40 cartas de perguntas. Em uma delas a criança tem como tarefa escolher a melhor opção para substituir o jantar por um lanche. Entre as alternativas encontram-se: leite com café e pão com margarina, suco de fruta e sanduíche de peito de frango, pipoca e refrigerante dietético e dois pedaços de pizza de calabresa. Em outra pergunta, a resposta correta indica o leite como o alimento que deve ser ingerido três vezes por dia, em média, para um crescimento com “ossos fortes”.

Não faltam também perguntas sobre qual o alimento que melhora o aproveitamento de ferro nas refeições ou quais os sintomas que uma criança com anemia pode apresentar.

“Na primeira edição do jogo serão fabricadas 3 mil unidades, das quais 150 ficarão com a Unifesp, que se encarregará de distribuí-las gratuitamente a instituições interessadas no caráter educativo do Prato Feito”, diz Fabrício Lalucci Pereira de Souza, diretor da empresa.

A idéia de criar um jogo comercial surgiu em decorrência dos resultados obtidos na pesquisa, feita com cerca de 2,5 mil alunos do ensino fundamental da rede estadual. O projeto, financiado pela FAPESP, abrangeu oito escolas, todas no mesmo bairro, para facilitar o deslocamento dos pesquisadores. Um sorteio definiu as quatro escolas onde seriam feitas as intervenções educativas com os alunos. As outras quatro ficaram como grupo controle, para comparação dos resultados obtidos.

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