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31.12.10 às 12:26

Dia Mundial da Alimentação

A resposta da ONU é o pedido de criação de uma aliança internacional contra a fome
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O Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, em sua mensagem para o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro), conclama os países membros da ONU a participarem da criação de uma aliança internacional contra a fome. “A fome em alta escala é uma afronta à dignidade e deveria chocar a consciência da humanidade”, escreve no documento, divulgado na manhã de terça-feira (14/10), o secretário-geral, para quem a luta contra a fome é “válida e vital”.

A carta circulou durante a reunião extraordinária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea). Nela, Annan reafirma a necessidade de envolver governos, organismos internacionais, sociedade civil, empresas e grupos religiosos no esforço de reduzir à metade o número de pessoas que passam fome no mundo. Esse esforço está previsto na Declaração do Milênio — e foi reafirmado pelas nações em 2002 na Cúpula Mundial de Alimentação: cinco anos depois.

Em ambos os documentos, o prazo para a conclusão dessa empreitada é 2015. Na carta, Annan lembra que faltam apenas 12 anos. A meta foi questionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo Ministro de Segurança Alimentar e Combate à Fome, José Graziano da Silva, durante a Assembléia Geral da ONU, realizada em Nova Iorque em setembro. Para o governo brasileiro, um esforço conjunto das nações desenvolvidas e em desenvolvimento poderia garantir o fim da fome no mundo já em 2015.

Atualmente, 840 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar, com destaque para a África subsaariana, região em que um terço dos habitantes passam fome. Erradicar a fome e a miséria no mundo é uma das Metas de Desenvolvimento do Milênio — conjunto de intenções assinado pelos países membros da ONU. O que, por si só, justificaria a formação da aliança mundial conclamada por Annan.

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