Comentário Akatu: A potência do furacão Katrina (e do Rita e de outros que poderão atingir a região) está diretamente relacionada ao aumento da temperatura das águas do Golfo do México, conseqüência do aquecimento global causado pela devastação de florestas e pela emissão de gases. Como consumidor consciente, colabore, não comprando produtos sem certificação ambiental ou de empresas que poluem o meio ambiente.
Os danos causados pelo furacão Katrina podem chegar a mais de US$ 200 bilhões, mas especialistas afirmam que levará cerca de 15 anos para se calcular o custo ambiental. O furacão, acompanhado de ondas de até seis metros de altura, inundou 230 mil quilômetros quadrados, alterou linhas costeiras, exterminou peixes, destruiu 1,75 milhões de hectares de florestas e deixou uma mistura tóxica de esgoto, lixo e vazamentos de petróleo, que prejudicarão muito a vida marinha e silvestre.
Imagens via satélite mostram que desapareceram pelo menos 52 quilômetros quadrados de pântanos e uma grande quantidade de ilhas próximas da costa do Golfo do México. Algumas dessas ilhas são refúgios de espécies silvestres e aves migratórias que passam o outono e o inverno boreais no México e nas Américas Central e do Sul, que provavelmente foram muito afetadas pela tormenta.Segundo a Guarda Costeira, foram perdidas 26 grandes plataformas petrolíferas no Golfo do México e outras 20 sofreram danos graves.
Uma quantidade não estabelecida de refinarias e fábricas químicas, tanques de armazenamento e navios-tanque foram afetados, bem como milhares de quilômetros de gasodutos e oleodutos. Até agora, foram identificados dois grandes derramamentos de petróleo.
As praias não existem. Uma fina camada de lama cobre toda a superfície por vários quilômetros terra adentro, e grande parte das camadas subterrâneas estão contaminadas tanto pela água salgada quanto por bactérias. Tem-se notícia de peixes mortos em lagos e rios, e zonas pesqueiras inteiras do Golfo do México podem ter sido exterminadas. Embarcações e portos foram destruídos, bem como os criadouros de ostras e camarões. “Sentiremos os efeitos do furacão por 15 anos”, afirmou o diretor do GeoResources Institute da Universidade Estatal do Mississippi, David Shaw.
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