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24.06.13 às 12:35

Corte de 3% nas emissões pode economizar US$ 780 milhões

Além dos dados divulgados, relatório oferece calculadora que estima lucro possível de ser obtido com redução de emissões
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Comentário Akatu: A crescente concentração de dióxido de carbono na atmosfera é uma das principais responsáveis pelo aquecimento global, sinalizando a relação de interdependência ao longo da história entre o impacto da ação humana sobre os ecossistemas e o comportamento climático. Ainda será necessário um longo tempo para que se faça a substituição das energias fósseis por renováveis, e, desta forma, sejam de fato reduzidas as emissões de gases de efeito estufa e seu impacto sobre o aquecimento global. Mas, desde já, pequenos cortes nas emissões das grandes empresas podem trazer muitos benefícios ao meio ambiente e ainda gerar lucro, como aponta o relatório citado na notícia abaixo. Como um consumidor, você pode colaborar usando energia de forma consciente e valorizando as empresas que também adotam iniciativas nesse sentido. Ao demandar menos desse recurso, você ajuda a reduzir o uso de energias derivadas de combustíveis fósseis e seu impacto sobre o aquecimento global, até a sua substituição por energias renováveis.

Um novo relatório apresentado em 18 de junho afirma que se companhias nos Estados Unidos agirem agora para reduzir suas emissões em média 3% ao ano, elas podem economizar US$ 190 milhões apenas no ano de 2020, ou US$ 780 bilhões nos próximos dez anos.

A análise The 3% Solution: Driving Profits Through Carbon Reduction (A Solução de 3%: Elevando Lucros Através da Redução de Carbono), publicada pelo World Wildlife Fund (WWF) e pelo Carbon Disclosure Project (CDP), oferece uma avaliação sobre como as firmas norte-americanas podem gerar grandes lucros a partir da diminuição de suas emissões de carbono, ajudando o mundo a evitar o agravamento das mudanças climáticas.

Segundo o documento, uma das formas de arrecadar mais fundos através da redução das emissões de CO2 é, por exemplo, investir em programas de eficiência energética que ajudem a economizar energia.

Com os lucros gerados a partir desse investimento inicial, é possível financiar projetos como os de desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono e de painéis de energia solar fotovoltaica.

O texto mostra que quatro em cada cinco empresas, ou 80%, que relatam suas emissões para o CDP têm retornos financeiros maiores em seus investimentos em redução de carbono do que em seus investimentos gerais, o que faz com que a realocação dos gastos de seu capital seja uma decisão sensata.

De acordo com o relatório, uma redução das emissões de carbono de 3% ao ano até 2020 – o equivalente a diminuir as emissões totais anuais de gases do efeito estufa até 2020 em 1,2 gigatoneladas de CO2 em relação aos níveis de 2010 – é o suficiente pra colocar o setor empresarial dos EUA a caminho de uma redução de 25% com relação aos níveis de 1990.

Essa redução seria consistente com o que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) diz ser necessário até 2020 para ajudar a evitar um aumento de temperatura acima dos 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.

Caso as ações para reduzir as emissões só sejam tomadas a partir de 2020, as firmas teriam que fazer cortes de quase 10% para chegar à diminuição que os cientistas consideram necessária até 2050.

“Os governos mundiais têm se mexido muito devagar para lidar com a ameaça das mudanças climáticas e as pessoas estão procurando a liderança das marcas que confiam para tomar medidas concretas agora. Esses números oferecem um vislumbre para o futuro – no qual companhias inteligentes reduzem emissões, aumentam os lucros e ajudam a garantir um futuro melhor para todos nós”, sustentou Carter Roberts, presidente e CEO do WWF.

Para ajudar as companhias a atingirem as metas propostas, o relatório oferece uma calculadora de metas e de lucro, que possibilita que as empresas estabeleçam metas de redução para atingirem sua cota de economia.

A análise também oferece um portfólio de produtividade de carbono, um conjunto de cinco ações criadas a partir de experiências de companhias líderes que mostram uma nova abordagem estratégica para maximizar o valor dos negócios e das reduções de carbono.

“A J&J entende a relação essencial entre a saúde humana e um ambiente saudável. Por mais de 30 anos temos nos comprometido com a redução no uso de energia através de medidas de eficiência que são custo efetivas e ambientalmente sensatas. A Solução 3% faz um ótimo trabalho ao ressaltar essas oportunidades de ganho duplo que estão disponíveis para as corporações”, colocou Jed Richardson, diretor de energia da Johnson & Johnson.

Leia aqui a notícia original publicada pelo Instituto CarbonoBrasil.

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