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24.09.13 às 12:07

Confusão nas embalagens faz 90% dos norte-americanos desperdiçar alimentos

Pesquisa aponta que produtos ainda bons para o consumo são descartados por informações confusas sobre data de validade
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Comentário Akatu: Produzir e consumir alimentos de forma a resultar produtos saudáveis e acessíveis, visando diminuir ao máximo seu desperdício é, além de uma das maneiras mais viáveis de combater a fome, um dos elementos centrais da transição para uma sociedade mais sustentável. A redução do desperdício começa já nas etapas de plantio, armazenagem, processamento e distribuição de alimentos, que devem ser feitas de forma sustentável, considerando as necessidades e possibilidades socioambientais, em prol da comunidade global e do planeta. Mas também depende da etapa final, do consumidor, que ao adotar como critérios para a compra não só o preço, mas também a qualidade, a origem, e as informações sobre os impactos sociais e ambientais causados pela empresa fabricante, pode trazer grandes benefícios para sua saúde, para a sociedade e para o meio ambiente. Mas, como apontou o estudo citado na matéria, só com informações claras e simplificadas é possível priorizar escolhas conscientes e evitar o desperdício no consumo.

A falta de regras nos Estados Unidos sobre as etiquetas com o prazo de validade dos alimentos leva 90% dos americanos a jogar fora comida que ainda está boa para o consumo. Esse é o principal resultado de uma pesquisa conduzida pela Universidade de Harvard e o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. A ONG é parceira do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Pnuma.

Segundo o levantamento, os consumidores nos Estados Unidos ficam confusos com as informações nas embalagens dos alimentos: as etiquetas trazem mensagens de “vender até…”, “consumir até…” ou “melhor antes de…”. Os pesquisadores ressaltam que falta uma regulamentação sobre as etiquetas com o prazo de validade, o que leva a uma interpretação errada sobre o consumo adequado do alimento.

Com isso, os consumidores acabam desperdiçando 40% dos estoques de comida a cada ano, equivalente a US$ 165 bilhões, ou mais de R$ 367 bilhões. O estudo defende que seja estabelecido um sistema de identificação da validade dos alimentos que seja mais claro para os consumidores e de fácil entendimento.

Além disso, a pesquisa sugere que seja informado com clareza até quando é seguro consumir o alimento e a data máxima da preservação de sua qualidade.

O diretor-executivo do Pnuma comentou o resultado do estudo, destacando que a quantidade de comida jogada fora no mundo é um “dos exemplos mais emblemáticos de como a humanidade está desperdiçando, sem necessidade, seus recursos naturais”.

Achim Steiner defendeu que todas as pessoas e governos façam algo para combater o desperdício e assim, ajudem a reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa.

Clique aqui para ler a notícia original, publicada pela Rádio ONU.

 

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