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06.11.13 às 16:21

Concentração de gases que causam efeito estufa bate recorde

OMM afirma que quantidade de dióxido de carbono na atmosfera aumentou 41% desde a era industrial; se tendência atual continuar temperatura média global deve aumentar 4,6º C até o fim do século
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Comentário Akatu: O aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera, como o marco recorde noticiado pela Organização Mundial de Meteorologia, é uma das principais responsáveis pelo crescente aquecimento global, sinalizando a relação de interdependência ao longo da história entre a ação humana e o impacto sobre os ecossistemas e o comportamento climático. Não é somente a poluição industrial que gera esse tipo de alteração climática: desmatamento, exploração pecuária em larga escala, utilização de meios de transportes movidos a combustíveis fósseis e energias geradas de forma poluente também entram nessa lista. Se os consumidores são parte da origem do problema, também são parte de sua solução. Por meio de mudanças em suas práticas cotidianas, os consumidores se percebem como cidadãos e se empoderam, forçando as empresas a produzirem de forma mais limpa. Este novo comportamento e esta nova consciência são primordiais para reduzir o aquecimento global e suas consequências ruins ao clima do planeta.

A Organização Mundial de Meteorologia, OMM, alertou que a concentração dos gases que causam o efeito estufa na atmosfera bateu recorde no ano passado. A conclusão consta do boletim anual da agência da ONU sobre esse tipo de gases, que foi divulgado em novembro. A agência diz que se a tendência atual continuar, a temperatura média global pode subir 4,6º C até o fim do século.

O presidente da OMM, Michel Jarraud, afirmou que como resultado desse aumento, o clima global está mudando, as temperaturas são extremas, as camadas de gelo estão derretendo e o nível dos mares subindo. Jarraud avisa que o dióxido de carbono, um dos principais gases que causam o efeito estufa, é muito estável e permanece na atmosfera por centenas ou milhares de anos.

Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético da UFRJ falou à Rádio ONU, do Rio de Janeiro, sobre a emissão. “A gente hoje está fugindo do que seria o ideal em termos de emissão, ou seja, as emissões são muito mais altas do que deveriam ser, se de fato a gente quiser ficar dentro deste teto de emissões desejáveis para o ano 2020 ou depois.”

Segundo o boletim da OMM, entre 1990 e 2012 houve um aumento de 32% na radiação forçada, gerada pelos efeitos do aquecimento do clima. O dióxido de carbono, CO2, é responsável por 80% dessa alta, junto com outros gases como o metano e o óxido nitroso.

O dióxido de carbono é expelido na atmosfera, em boa parte, pelas emissões relacionadas a combustíveis fósseis, como os derivados do petróleo, mas também pelo desmatamento. O gás metano chega à atmosfera por fontes naturais como os pântanos e o óxido nitroso é uma mistura dos dois.

Desde o início da era industrial em 1750 até agora, a concentração média de CO2 na atmosfera aumentou 41%, o óxido nitroso teve uma alta de 20% e o metano subiu 160%.

Clique aqui para ler a notícia original, publicada pela Rádio ONU.

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