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20.07.16 às 17:35

Biblioteca na Indonésia tem fachada feita com 2.000 baldes de sorvete reaproveitados

Biblioteca tem fachada feita com dois mil baldes de sorvete reaproveitados, garantindo iluminação e ventilação natural à área interna
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Biblioteca em Bandung, Indonésia – Crédito das imagens: Divulgação/Shau

 

A cidade de Bandung, na Indonésia, ganhou recentemente um belo exemplo de como a arquitetura pode usar soluções inovadoras para criar projetos com baixo custo e reduzido impacto ambiental. A empresa holandesa/alemã Shau, fundada em 2008 e que atua no país asiático desde 2012, construiu uma biblioteca cuja fachada é feita com dois mil baldes de sorvete reaproveitados, garantindo iluminação e ventilação natural à área interna.

Inicialmente, a intenção dos arquitetos era utilizar grandes galões de plástico, mas estes não estavam disponíveis na quantidade que seria necessária. Assim, a solução encontrada foi usar os baldes de sorvete, que além de serem muito mais comuns, revelaram-se vantajosos por continuarem firmes mesmo após o corte da parte de baixo, o que serviu para otimizar o fluxo de ventilação.

O uso de um material reaproveitado, além de contribuir para a redução do impacto ambiental da obra, foi fator decisivo para que o projeto, contratado pela prefeitura de Bandung, tivesse um custo final reduzido, de apenas US$ 39 mil. Agora, a intenção é de que a experiência adquirida sirva para que o protótipo construído na cidade seja reproduzido em diversas outras localidades do país.

Além da economia de material, os baldes de sorvete também acabaram ganhando importância no conceito estético da biblioteca. Durante o planejamento da montagem, os arquitetos perceberam que seria possível criar uma superfície pixelizada revezando baldes inteiros com o fundo voltado para fora e outros abertos com o fundo cortado. Assim, eles criaram uma mensagem cifrada em código binário com a frase “buku adalah jendela dunia”, que significa “livros são as janelas para o mundo” (veja a última imagem da matéria para entender melhor).

“A fachada não apenas traz um significado adicional ao prédio, mas os baldes também geram um ambiente com iluminação agradável, já que eles dispersam a luz solar e atuam como lâmpadas naturais”, explica a Shau em seu site.

Uma grande atenção com a comunidade foi outro aspecto que ganhou atenção durante o projeto. Localizada acima de um palco que era usado para eventos e convívio da comunidade, a biblioteca foi construída de modo a não inviabilizar essa antiga utilidade do espaço. Pelo contrário, passou a oferecer às pessoas que frequentam o local um abrigo da chuva e do sol. Além disso, todo o manuseio prévio para adaptação dos baldes de sorvete foi feito por artesãos locais.

Do lado de dentro, as crianças e jovens do bairro ganharam um novo espaço para aulas, leituras e outras atividades, tudo com o objetivo de combater o analfabetismo e as preocupantes taxas de abandono escolar do país. “A biblioteca acrescenta identidade e é uma fonte de orgulho para todas as pessoas da vizinhança. Nossa missão é reacender o interesse nos livros, oferecendo um espaço dedicado à leitura e ao aprendizado, disponibilidade de livros, além de outros meios de comunicação e cursos”, explica o site da Shau.

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