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28.07.17 às 16:52

Bandeira tarifária nas contas de energia de agosto será vermelha

Quando o consumo de energia aumenta, é preciso ativar as usinas termelétricas, o que acarreta num custo maior de produção que é repassado ao consumidor na conta de luz

A bandeira tarifária a ser aplicada nas contas de energia elétrica em agosto será vermelha, patamar 1, com acréscimo de R$ 3 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o fator que determinou o acionamento da bandeira vermelha foi o aumento do custo de geração de energia elétrica. Em julho, foi aplicada a tarifa amarela às contas.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.

Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Isso eleva o custo da produção e, consequentemente, o consumidor paga a conta.

Não existe geração de energia sem impactos: mesmo que a produção de energia elétrica no Brasil volte a ser concentrado nas hidrelétricas, há impactos negativos ao represar a água, pois inundam áreas em que antes existiam cidades, florestas ou mesmo agropecuária. Essa produção também contribui para o aumento da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE), causadores do Aquecimento Global.

“Precisamos combater o desperdício de energia, consumindo somente o necessário, ao mesmo tempo em que promovemos a transição para fontes alternativas como a energia eólica e a solar, para atender a demanda por energia garantindo o bem-estar de toda a sociedade”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.

Os hábitos de consumo consciente de energia devem ser adotados de maneira permanente. “Ter mais abundância ou ser mais barato não significa que um recurso como água e energia estarão disponíveis para sempre. Devemos economizar todos os dias para que não só hoje mas também nas futuras gerações haja um acesso aos recursos dentro dos limites do nosso planeta. No caso da energia elétrica, bandeira verde não significa sinal verde para o desperdício. Devemos pensar sempre em sinal vermelho para o desperdício”, afirma Helio Mattar.

(Com informações da Agência Brasil)

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