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31.12.10 às 7:49

Aquecimento global chega à mesa do café

Estiagem prolongada no início do ano passado prejudica safra atual de café na Zona da Mata mineira
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Os produtores de café da Zona da Mata de Minas Gerais estão colhendo os maus frutos da prolongada estiagem ocorrida na região no início do ano passado. Entre janeiro e fevereiro de 2006, 45 dias se passaram sem que uma gota de chuva caísse sobre os cafezais. Isso alterou completamente o ciclo das plantas. A inédita estiagem atrasou a florada, afetando a uniformidade e a qualidade dos grãos da safra passada e da atual, segundo informou o Suplemento Agrícola, de 9 de maio, do jornal O Estado de S.Paulo.

O chefe geral da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Delgado Assad, admite que o evento pode ter relação com o aquecimento global. “Com o aumento da temperatura, fenômenos meteorológicos extremos como esse, tendem a acontecer com maior freqüência”, diz ele. Alguns produtores que já trabalham na região há mais de duas décadas observam que as chuvas nunca foram tão irregulares como no ano passado. “Em janeiro choveu cerca de 800 milímetros, enquanto em fevereiro, não passou de 70 milímetros”, queixa-se Antônio José Junqueira Villela, dono de 175 hectares na Zona da Mata.

Delgado, da Embrapa, sugere que os agricultores adotem medidas mitigadoras como integração lavoura-pecuária, proteção do solo, preservação de nascentes, adoção de sistemas agroflorestais e conservação da biodiversidade, que ajudam a reduzir os gases de efeito estufa, que impulsionam o aquecimento global.

Assim como os produtores, o consumidor também pode colaborar para diminuir a emissão dos gases de efeito estufa. Uma das iniciativas é verificar, sempre que for comprar algum produto de origem vegetal, se ele é oriundo de empresas ambientalmente responsáveis.

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