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30.12.10 às 3:40

Ambientalista queniana ganha o Nobel da Paz

Wangari Maathai se tornou a primeira mulher africana a ganhar o prêmio, por sua campanha para ajudar os pobres a plantarem árvores, a fim de deter o desmatamento
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Comentário Akatu: O Nobel da Paz para a ambientalista queniana Wangari Maathai é um exemplo de como lutas individuais podem se transformar em importantes conquistas da humanidade. O Movimento Cinturão Verde, fundado por Wangari, mobiliza mulheres e já plantou cerca de 30 milhões de árvores na África. Uma ação de conservação do meio ambiente fortemente apoiada no que o Instituto Akatu acredita e dissemina: um indivíduo é capaz de protagonizar ações de sensibilização e mobilização que podem transformar as atitudes de milhares de cidadãos, construindo uma nova mentalidade de vida em sua comunidade e promovendo iniciativas efetivas para um mundo melhor – e com mais esperança.  

A ambientalista queniana Wangari Maathai se tornou na sexta-feira, 8 de outubro, a primeira mulher africana a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, por sua campanha para ajudar os pobres do continente a plantarem árvores, a fim de deter o desmatamento.

“A paz na Terra depende da nossa capacidade de garantir nosso meio ambiente vivo”, disse a presidente do Comitê Nobel Norueguês, Ole Danbolt Mjoes, ao anunciar a ganhadora, a quem elogiou por sua “contribuição para o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz”.

“Maathai está na linha de frente da luta para promover o desenvolvimento social, econômico e cultural ecologicamente viável no Quênia e na África”, disse.

Maathai foi escolhida para receber o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (1,36 milhão de dólares) entre 194 candidatos, um recorde. O prêmio será entregue em Oslo, no dia 10 de dezembro.

Ela é fundadora do Movimento Cinturão Verde (Green Belt Movement), que tem sede no Quênia, reúne principalmente mulheres e já plantou cerca de 30 milhões de árvores na África. Em 1976, Maathai começou sua luta ao reunir mulheres de comunidades do Quênia para plantar árvores. Um ano depois, a ativista criou o Movimento Cinturão Verde, com o objetivo de plantar árvores e gerar empregos para as mulheres das comunidades. Em 1986, o Movimento se espalhou por outros países por meio da Rede de Cinturão Verde Pan-africana .

Nascida em 1940, Maathai diz que essa atividade impede a desertificação, preserva habitats naturais e gera uma fonte de combustível, material de construção e alimentos para futuras gerações, o que ajuda no combate à pobreza.

“Estou absolutamente contente”, disse ela à emissora norueguesa NRK, após a confirmação do prêmio. “Esta é a maior surpresa de toda a minha vida. Quando plantamos novas árvores, plantamos as sementes da paz.”

Maathai é a primeira africana e a 12a. mulher a receber o Nobel da Paz desde sua criação, em 1901. O último africano lembrado havia sido o ganense Kofi Annan, secretário-geral da ONU, em 2001. O governo queniano comemorou o prêmio para Maathai. “Este é um grande testemunho do trabalho que ela vez fazendo durante muitos anos. Estamos muito contentes”, afirmou o porta-voz Alfred Mutua. “Isso dá o exemplo de que, se você colocar sua energia nos lugares certos, você acabará sendo reconhecido, e isso leva a um mundo melhor.”

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