“No futuro desejável, que as pessoas já imaginam, o consumo será apenas um instrumento, em vez de ser visto como sentido de vida, como fim”. Foi com esta frase que Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, resumiu o sentido da mesa-redonda “Novos padrões de produção e consumo para a sustentabilidade”, da Conferência Ethos 2011.
O debate, mediado pelo consultor em questões de clima Tasso Azevedo, contou também com a participação de Clemente Ganz, diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Sonia Favaretto, diretora de sustentabilidade da BM&FBOVESPA, Rosa Alegria, vice-presidente do Núcleo de Estudos do Futuro (NEF – PUC-SP) e Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.
Sob a hashtag #cEthos2011 (código que identificou o evento na rede social Twitter), o Instituto Akatu cobriu o primeiro dia do evento ao vivo. Confira as tuitadas do @institutoakatu na Conferência Ethos 2011:
#cEthos2011: Clemente Ganz, do Dieese, diz que os trabalhadores só podem ser agentes da sustentabilidade se puderem se organizar nas empresas.
#cEthos2011: Lisa Gunn, do Idec, alerta que o consumidor só tem poder se as empresas mudarem modelos de negócio e o governo assumir seu papel.
#cEthos2011: Rosa Alegria, da PUC-SP, diz q as pessoas não dependem de governos para alcançar a sustentabilidade e que podem confiar no poder que têm como ‘usuários’.
Durante a palestra Rosa Alegria, da PUC-SP, preferiu não utilizar a palavra consumidor. Para ela, o termo consumidor é negativo na medida em que significa alguém que destrói algo até o seu fim.
#cEthos2011: Sonia Favaretto, do BM&FBOVESPA, diz que todos vão aderir à sustentabilidade, seja pelo amor, pela dor ou pela inteligência!
#cEthos2011: Somos a sociedade da produção empoderada! Temos tecnologia para atuar como produtores e consumidores ao mesmo tempo, alerta Rosa Alegria, professora da PUC-SP.
#cEthos2011: @heliomattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, avisa que as empresas já começaram a ter uma tendência para a sustentabilidade, pois elas enxergam nisto a garantia de permanecerem no mercado.
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu, valoriza as redes sociais no empoderamento do consumidor, pois um mal comportamento divulgado de uma empresa representa grandes perdas econômicas.
#cEthos2011: Daniela de Fiori, da Walmart Brasil, fala que é preciso fortalecer as pequenas empresas que fazem produtos sustentáveis, para democratizar a produção e o acesso.
#cEthos2011: Samyra Crespo, secretária do Ministério do Meio Ambiente (MMA), comenta rapidamente o Plano de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS), que tenta captar e entender os principais comportamentos dos consumidores em seus atos de consumo.
#cEthos2011:Samyra Crespo, do MMA: “Queremos sair da visão catastrófica, reconhecemos os esforços da sociedade e a inteligência do consumidor”.
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu, faz uma pergunta provocadora: “Eu sou o que compro e uso e não há nada de errado com isso?”
#cEthos2011: Pergunta para a plateia: Quem é o PRINCIPAL ator capaz de transformar padrões atuais de produção e consumo? Deu consumidor com 63%.
Nesta questão, as respostas Governo e Empresas aparecem na segunda posição com 18% cada, e ONGs surge em terceiro lugar com menos de 1%.
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu, faz um alerta importante às empresas que querem sobreviver aos novos tempos: “Respeite a inteligência dos consumidores!”.
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu, diz que o comportamento não muda, de um dia para o outro, por uma questão de moral, mas, sim, pela percepção de que há interdependência. Se algo fez mal para outra pessoa, pode também fazer mal para mim!
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu: “Existe um certo nível de consumo q traz a felicidade, mas as pessoas percebem que o consumo não é o real caminho de uma vida feliz”.
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu: “Ao perceber que o consumismo não traz felicidade, o que as pessoas vão colocar no lugar dele? O sentido de pertencimento a um todo maior.”
#cEthos2011: @heliomattar, do Akatu: “Ao ter o pertencimento a um todo maior, a vida vai passar a subordinar o trabalho, em vez do trabalho subordinar a vida”.
#cEthos2011: @heliomattar: “No futuro desejável, que as pessoas já imaginam, o consumo será apenas um instrumento, em vez de ser visto como sentido de vida, como fim”
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