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27.11.10 às 12:37

Akatu participa do TEDxEast em Nova York

Durante o evento, diretor-presidente do instituto, Helio Mattar, propôs ideias para construção de um mundo mais sustentável
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“Eu sou um sonhador, mas não sou o único”, disse Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu em sua participação no TEDxEast, um evento global que reúne profissionais de diversas áreas, pensadores, ativistas e líderes sociais com o objetivo de divulgar, partilhar e debater iniciativas positivas, além de inspirar seus participantes a criar um impacto maior no mundo por meio de suas ideias. O encontro foi realizado no último dia 7 de maio, em Nova York.

Pautado pelo tema “Imaginando um futuro sustentável”, Mattar contou aos presentes a história de uma mulher brasileira de origem indígena chamada Akatu. Ao nascer, a menina recebeu de seus pais o nome que funde duas palavras do tupi, “A” e “Katu”. “A” significa, ao mesmo tempo, “semente” e “mundo”, dado que para os índios que vivem na floresta a semente contém a árvore, que contém a floresta, que é o mundo em que vivem; e “Katu” significa “bom” e “melhor”. Akatu, assim, significa semente boa para um mundo melhor.

Na história contada por Mattar, a escolha do nome de Akatu surgiu de um desejo de mudança. “Quando Akatu nasceu, seus pais estavam muito inquietos com a situação insustentável do mundo em que viviam, pois o modo de vida de cada um começava a comprometer as gerações futuras em relação a questões sociais, ambientais, econômicas. Os pais da Akatu acreditavam que a visão de um futuro desejável era uma condição necessária para que as pessoas começassem a construir um mundo melhor”.

“A situação se agravou”, continua Mattar. “As pessoas trabalhavam muito e não tinham tempo para o lazer criativo, que foi trocado pela falsa necessidade de consumir. Elas viviam com dinheiro emprestado e experimentavam a tensão contínua e a pressão para consumir mais e mais. Felizmente muitas pessoas começaram a perceber a falta de sentido desse ciclo vicioso”.

Mattar descreveu, então, o mundo sustentável conquistado pela geração de Akatu: ela vive em uma comunidade onde as casas são construídas de materiais sustentáveis, a maioria delas feitas a partir de produtos reciclados. A água disponível é de boa qualidade e usam-se energias eólica e solar para abastecer a comunidade. Todos os produtos (inclusive as roupas) são duráveis, fabricados a partir de materiais reciclados e sem uso de químicos e tóxicos; são usados até o final da sua vida útil e sempre encaminhados novamente para reciclagem. É uma sociedade em que todos estão cientes da forte interdependência dos impactos ambientais, sociais e econômicos no mundo e que, por isso, sabem que tudo o que acontece em um determinado lugar afeta o conjunto.

“Na geração da Akatu, os valores masculinos de competição, agressividade, racionalidade e objetividade são equilibrados com os valores femininos de cooperação, afetividade, da intuição e da subjetividade. Eu amo este mundo da Akatu”, conclui.

Mattar explica que, “na verdade, meu objetivo era contar aos presentes a história, o percurso e a missão do Instituto Akatu. Acredito fielmente que esse mundo possa existir, quem sabe em 2050? Como não temos uma receita pronta para promover uma mudança do nosso processo de produção e consumo, que acreditamos ser a origem da insustentabilidade que vivemos, achei que personalizando a história do Akatu poderia convidar e cativar mais pessoas a contribuírem para a construção desse mundo melhor, um mundo mais sustentável”.

Se você quiser seguir o Akatu no Twitter, clique aqui.

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