Comentário Akatu: criado há 15 anos, o Projeto Salve a Lagoa vê agora os frutos de seu esforço. A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, apesar de ainda poluída, teve o manguezal de suas margens replantado e a volta de várias espécies animais. Mais uma prova de que o esforço, muitas vezes solitário de algumas pessoas ou instituições, sempre faz a diferença.
A Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos mais famosos cartões-postais do Rio de Janeiro, sofre há décadas com o descaso das autoridades e o desrespeito da população. Nos últimos anos, no entanto, a Lagoa também recebeu alguns afagos.
O Projeto Salve a Lagoa, que consiste no replantio do manguezal em suas margens, levou de volta ao lugar várias espécies de animais. A Lagoa se tornou ainda um berçário de diferentes aves. O projeto, que tem o apoio da UniverCidade e foi implantado em outubro de 1989, é coordenado pelo biólogo Mário Moscatelli. Em 15 anos, foram plantadas 4.500 mudas em 2.500 metros de extensão. Estão sendo cultivadas ali três espécies de mangue: o vermelho, o negro e o branco.
Com a recuperação dos mangues, hoje podem ser vistos na Lagoa frangos-d’água, socozinhos e garças que encontram alimentos junto às raízes das árvores. Bandos de maritacas, martins-pescadores e maguaris também dão novo colorido ao lugar.
Moscatelli disse que no início o projeto enfrentou muita desconfiança por causa do desconhecimento sobre sua importância ambiental, educativa, econômica e social. Ele diz que hoje se sente recompensado quando vê a grande variedade de animais que se alimentam no manguezal, principalmente os caranguejos, que têm papel essencial na cadeia alimentar.
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