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30.12.10 às 12:59

Transportes são responsáveis por 90% da poluição em SP

Impactos à saúde e ao meio ambiente indicam necessidade de diminuição do uso de veículos particulares
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Na região metropolitana de São Paulo, 90% da poluição atmosférica é provocada pela emissão de gases veiculares, segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb). Além das complicações no sistema respiratório que a poluição do ar pode causar, os gases veiculares são os grandes responsáveis pelo aquecimento global. Nos grandes centros urbanos do País, o problema é potencializado pela concentração de veículos e ausência de ventos causada pelas edificações, mas, mesmo ali, o consumidor consciente tem a oportunidade, por meio de escolhas individuais, de reverter esse quadro.

Caso seja realmente necessário o transporte por carro, combinar carona entre pessoas que fazem o mesmo trajeto é uma alternativa agradável, que reduz o número de carros na pista e estende os princípios do consumo consciente a mais pessoas. Para se ter uma idéia, o espaço ocupado pelo ônibus para transportar 50 pessoas é de 54m², ao passo que, para o mesmo número de pessoas, o espaço ocupado pelos carros é de 267m².

Conforme o Relatório de Qualidade do Ar no Estado de São Paulo, produzido pela Cetesb a partir de dados de 2005, os veículos foram responsáveis pelo despejo na atmosfera de 1,41 milhão de toneladas de Monóxido de Carbono (CO), 343 mil toneladas de hidrocarbonetos (HC), 307 mil toneladas de óxidos de Nitrogênio (NOx), 11 mil toneladas de partículas resultantes da combustão e 5 mil toneladas de óxidos de enxofre (SOx). Todos fazem mal à saúde humana e ao meio ambiente, podendo provocar, dependendo do caso, queda de resistência a infecções e doenças respiratórias, morte prematura, contaminação de solos e danos à vegetação.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, 1,5 milhão de pessoas morrem no mundo em função de doenças respiratórias que podem ser atribuídas à queima de combustíveis fósseis (gasolina e diesel).

O sistema público de saúde fica onerado, necessitando de mais investimentos em uma situação que poderia ser diferente se, por exemplo, ao invés de usar o carro todos os dias, as pessoas adotassem uma maior utilização de transportes públicos (ônibus e trens) ou bicicleta.

Para se ter um idéia do benefício dessa atitude consciente, o carro na garagem por um dia por semana deixa de emitir 440 quilos por ano de gás carbônico na atmosfera (considerando um trajeto de 20 quilômetros). O gás carbônico é o principal causador do aquecimento global. Fazer o trajeto a pé, além de evitar o consumo de combustíveis fósseis (à base de petróleo, recurso natural não-renovável e escasso), também faz bem para a saúde e o meio ambiente.

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