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03.12.10 às 13:58

2008: Ano em que mais pessoas viverão em áreas urbanas que rurais

Fato traz consigo a possibilidade de agravamento do aquecimento global, um dos maiores problemas da humanidade
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Em 2008, pela primeira vez na história da humanidade, mais pessoas viverão em áreas urbanas do que rurais. O relatório “Estado do Mundo 2007: Nosso Futuro Urbano”, lançado recentemente pelo Instituto Worldwatch, mostra que este fato traz consigo a possibilidade de agravamento das conseqüências de um dos maiores problemas da humanidade: o aquecimento global.

Conforme o estudo, hoje as cidades ocupam apenas 0,4% da superfície da Terra e, no entanto, 75% dos gases de efeito estufa, que contribuem para o aquecimento do planeta, são emitidos dentro delas.

A maioria dessas emissões ocorre nos países ricos, mas a cota dos países em desenvolvimento – como Brasil, China e Índia – vem crescendo rapidamente. Em 2030, conforme o relatório, quatro em cada cinco habitantes de cidades viverão em países em desenvolvimento.

O estudo mostra um fato dramático. Das 33 cidades do mundo que terão pelo menos 8 milhões de habitantes em 2015, ao menos 21 delas estão em regiões costeiras. Essas cidades, por conta do aquecimento global, terão que investir na montagem de estruturas especiais – e certamente de grande porte – para evitar a inundação provocada pelo aumento no nível dos mares como conseqüência do derretimento do gelo existente nos oceanos e em terra.

O “Estado do Mundo 2007” é mais um alerta de que estamos consumindo recursos além da capacidade de renovação da Terra. O estudo indica que a manutenção da vida como a conhecemos no planeta não se sustentará por muito tempo caso os padrões atuais de produção e consumo não se alterem imediatamente.

O Brasil, diferentemente de outros países, tem uma base energética mais “limpa” por obter energia das hidrelétricas e não da queima de combustíveis fósseis (carvão e derivados de petróleo), que emitem grande quantidade de gás carbônico. Mas apenas uma base energética “limpa” não é suficiente para a manutenção da vida no planeta.

Cada cidadão brasileiro pode cooperar na luta contra o aquecimento global consumindo com consciência produtos e serviços. Pequenas atitudes podem causar grande diferença. Por exemplo, economizar água, gás de cozinha ou energia elétrica, ao mesmo tempo que permite melhorar o orçamento doméstico, demandam menos recursos naturais. Desta forma, o consumidor estará poupando seu dinheiro, e ao mesmo tempo, recursos do planeta.
Uma das principais fontes de emissão de gás carbônico (grande responsável pelo efeito estufa) são os automóveis. Portanto, a cada vez que um veículo deixa de ser utilizado, uma grande quantidade de poluentes e gases de efeito estufa não vai para a atmosfera.

Para se ter uma idéia, se, uma vez por semana, um indivíduo deixar o carro em casa para ir ao trabalho, considerando que ele percorra um trajeto de 20 quilômetros, ao longo de um ano deixará de lançar para a atmosfera 440 quilos de gás carbônico como resultado da queima do combustível necessário para percorrer essa distância. Essa mesma quantidade de gás carbônico, que um homem levaria apenas 52 dias para emitir, demora 20 anos para ser absorvida pelo processo de fotossíntese de uma árvore de grande porte.

Há várias alternativas para deixar o carro em casa, que são mais saudáveis para o indivíduo e o planeta, como caminhar, andar de bicicleta, organizar uma carona ou usar transporte coletivo, como ônibus, metrôs e trens, que, por  transportar mais pessoas com o combustível utilizado, emitem menos gases de efeito estufa por pessoa transportada.

Segundo relatório do IPCC (sigla em inglês para Painel Intergovernamental de Mudança do Clima), existe 90% de chance das atividades humanas gerarem o efeito estufa. O consumo é uma delas. O consumo consciente dos meios de transporte é um exemplo de como pequenas atitudes no cotidiano, como deixar o carro em casa, podem fazer muita diferença no combate ao aquecimento global.

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