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14.06.19 às 14:41

Equilibre seu consumo

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Segundo pesquisa da Kantar, aproximadamente um terço dos brasileiros que possuem smartphones tem a intenção de trocar seu aparelho em menos de um ano, desejo este que decorre majoritariamente da obsolescência percebida, ou seja, do fato do usuário perceber um produto como obsoleto quando ainda está em boas condições de uso, em geral devido ao surgimento de um novo modelo mais moderno.

Os impactos negativos desse fenômeno são preocupantes visto que, para produzir um único smartphone, são extraídos, em média, 28,6 kg de matéria prima bruta, que precisa ser processada e transformada em peças e partes, que depois são usadas na montagem do smartphone. Em cada fase de processamento, transformação e fabricação existem impactos ambientais e sociais negativos, como por exemplo ao contribui para o esgotamento de recursos naturais e com a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e outros tipos de poluição, que contribuem com o agravamento das mudanças climáticas e podem causar problemas respiratórios na população.

Se um terço dos brasileiros que possuem smartphone substituíssem um único aparelho ao final de apenas um ano de uso, seria consumido mais de 1,3 bilhão de quilos de matérias-primas brutas na fabricação dos novos celulares*. Essa quantidade é similar ao peso de 85 milhões de bicicletas que, se enfileiradas, dariam 3,6 voltas na Terra. Já imaginou o que isso significa somente de volume de transporte e emissão de carbono?

Portanto, o consumidor deve refletir melhor sobre suas compras de modo a consumir apenas o necessário, sem excessos, e, desta forma, reduzir os impactos sociais e ambientais negativos do seu consumo. Para isso, uma opção é utilizar os produtos de tal forma que durem por mais tempo, estendendo sua vida útil. Quando o aparelho começar a apresentar problemas de desempenho, procure consertá-lo e, se essa opção não for mais viável, dê a ele a destinação mais adequada (confira pontos de coleta seletiva perto de você aqui). Ou ainda, no caso de produtos ainda em boas condições e que não são mais desejados pelo consumidor, em vez de descartá-los, é possível vendê-los por meio de plataformas de comércio de segunda mão, oferecê-los em feiras de trocas ou simplesmente doá-los. ?

*consideramos que os brasileiros que desejam trocar de smartphone o façam somente para um aparelho – mesmo entre aqueles usuários que possuem mais de um smartphone. Portanto, o valor obtido é apenas uma estimativa mínima do peso de matéria-prima bruta extraída para a fabricação dos novos aparelhos.

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