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29.09.14 às 15:07

Sistema de Alimentação Sustentável é lançado por agências das Nações Unidas

PNUMA e FAO assinam parceria para garantir a conservação de ecossistemas essenciais para a segurança alimentar no mundo
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Crédito: Creative commons/Nancy Regan

 

Comentário Akatu: Preservar os ecossistemas vai além de reduzir o desmatamento. Há comunidades e mercados que dependem da exploração dos recursos naturais. Sem controlar a maneira de utilizar esses recursos, não haverá a renovação sustentável dos mesmos, impactando negativamente nos meios de subsistência das pessoas, na dinâmica das economias que tiram seu sustento dos ecossistemas e até mesmo na segurança alimentar e nutricional de todo o planeta. Por isso, um investimento na gestão dos ecossistemas deve incluir também iniciativas que impeçam tais impactos de acontecer. Este é o alerta dos dois órgãos da ONU na reportagem abaixo. É importante também que o consumidor, ao comprar um produto de origem florestal, por exemplo, tenha o conhecimento de que sua escolha de consumo, mesmo individualmente ou em pequenos grupos, provoca impactos significativos não só no meio ambiente, mas também nos indivíduos, na sociedade e na economia. E use seu consumo como instrumento transformador da realidade em uma direção crescentemente sustentável.

 

Uma parceria assinada entre o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Organização da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) vai garantir maior apoio à conservação de ecossistemas essenciais para a segurança alimentar no mundo.

A produção de alimentos depende da proteção ambiental, já que somente com recursos naturais saudáveis e em abundância, como água, por exemplo, é possível assegurar o cultivo agrícola.

O acordo entre as duas agências das Nações Unidas foi assinado no último dia 24/09, em Nova York, pelo diretor-executivo do PNUMA e subsecretário-geral da ONU, Achim Steiner, e o diretor geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. “Ecossistemas saudáveis são a alma da segurança alimentar, especialmente nos países em desenvolvimento, onde muitas pessoas têm seu sustento ligado diretamente a terra, mares e oceanos”, disse Steiner.

Segundo as entidades, as competências diferentes e complementares das duas agências tornarão mais eficiente a restauração e gestão sustentável de ecossistemas. Entre as prioridades do plano de parceria estão:

– colocar em prática iniciativas para manter e melhorar a sustentabilidade e a produtividade dos ecossistemas e garantir a sobrevivências das funções ecossistêmicas críticas;
– melhorar e garantir o acesso a dados, estatísticas e indicadores para monitorar o uso de recursos naturais e progressos para alcançar os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS);
– disponibilizar informações e estudos que fortalecem a interface entre ciência e política e;
– oferecer suporte comum para o desenvolvimento e implementação de instrumentos legais, especialmente aqueles que promovem mecanismos de governança que apoiem a dimensão social dos sistemas de alimentação sustentável e gestão de ecossistemas.

Atualmente um dos principais desafios da agricultura é produzir mais para alimentar uma população mundial que deve chegar a 9 bilhões de habitantes até 2050, mas sem aumentar a área de plantio e ainda, conservando solo, água e florestas. Dois bilhões de pessoas trabalham no campo no mundo, 40 milhões só no Brasil.

 

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