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21.01.15 às 15:25

Como inserir o consumo consciente no planejamento escolar?

O Edukatu, em 2015, auxilia professores e gestores na hora de levar o consumo consciente para a sala de aula de forma interativa e lúdica
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Começo de ano é tempo de planejamento escolar. Algumas das conversas entre coordenadores e professores que acontecem nestas reuniões são sobre como tratar do consumo consciente dentro de uma disciplina e como organizar as saídas de campo. Uma das ideias, com a qual alguns professores já estão envolvidos, é utilizar o Edukatu, projeto de educação para crianças e jovens promovido pelo Instituto Akatu, em correalização com a Braskem.

Quem já começou a fazer seu planejamento para 2015 foi o professor de Ciências Robson Nunes, do SESI (Serviço Social da Indústria) Reitor Miguel Calmon, em Salvador (BA). Com a orientação do coordenador da disciplina, Robson se reuniu com outros professores de ciências de sua escola.

Robson, que utilizou o Edukatu no último ano e ainda participou do desafio “A Natureza das Coisas”, comemora que, neste ano, sua ideia de levar a plataforma para toda a escola foi bem recebida não só pelos seus colegas que lecionam a mesma disciplina, mas por todo o corpo. “No ano passado não conseguimos atingir todos os alunos, mas em 2015 todos os professores vão inserir as atividades do Edukatu em sua aula”, afirma.

Com isso, o planejamento tornou-se coletivo e o conteúdo de cada disciplina será organizado com base nos planos de aula do Edukatu. O professor conta que esses conteúdos “já estão totalmente inseridos nas aulas de Ciências, mas em Matemática ainda não. Cada docente vai ver onde consegue falar mais sobre consumo consciente”.

Para inserir o consumo consciente e as tecnologias de informação e comunicação no planejamento, Robson gosta de trabalhar temas da atualidade. “Quando gera uma preocupação na comunidade escolar, conseguimos falar de consumo consciente e sustentabilidade. Aqui vamos trabalhar a questão do lixo e do desperdício de alimentos, porque está sendo um problema grande na região. No ano passado, falamos mais da questão da água. Acredito que, para gerar interesse, devemos trabalhar questões que fazem parte da realidade dos alunos”, conclui.

Outra questão que entra no planejamento são as saídas de campo. De acordo com o professor, elas são fundamentais para o aprendizado e precisam ser adequadas à realidade da comunidade escolar. “Avaliamos a segurança dos alunos e os custos e percebemos que um parque aqui perto é ideal para as entrevistas [propostas pelo Edukatu em alguns planos de aula]”.

Mesmo com tudo anotado, há momentos em que é preciso ser flexível para ajustar todas as ações dependendo dos acontecimentos do ano. “Os planos podem mudar, principalmente no que diz respeito aos passeios, mas o planejamento tem que existir sempre”. É importante considerar ainda as atividades que os alunos mais gostaram no ano anterior, como “quando falamos de quantos litros de água eles consumiam. Isso gerou interesse e conhecimento. É algo para levar em conta para as próximas atividades”, relembra o professor.

Assim como os alunos de Robson, no ano passado, mais de 6 mil estudantes participaram das atividades do Edukatu e 1.500 professores levaram a rede para a sala de aula. Para chegar a este número, as atividades aconteceram em mais de 1.461 escolas e tiveram o auxílio de diversos colaboradores em universidades, ONGs e secretarias de educação. Esse esforço totalizou mais de 15 mil pessoas sensibilizadas pelo Edukatu desde seu lançamento.

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