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06.02.12 às 11:59

Cidades são espaços para a busca de estilos de vida sustentáveis

Posição foi defendida em debate no Fórum Social Temático; mudança de comportamento do consumidor é fundamental para impulsionar o movimento
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À medida que as cidades crescem  em tamanho e população, aumentam também os desequilíbrios socioambientais e econômicos. Por isso, é fundamental a criação de uma agenda global para a sustentabilidade voltada ao ambiente urbano. Tal plano deve permitir a participação de todos os setores de atividades e integrar, ao mesmo tempo, as dimensões social, econômica, cultural, política e ambiental. Esta foi a principal conclusão do debate sobre cidades realizado na quarta-feira (25/1) no Fórum Social Temático, realizado em Porto Alegre (RS) entre os dias 24 e 27 de janeiro.

A vida nas cidades vem sendo tema de diversas discussões sobre qualidade de vida. As pessoas sentem-se insatisfeitas com a falta de mobilidade urbana e a insegurança, decorrentes do crescimento desordenado dos centros urbanos. As administrações públicas enfrentam grandes dificuldades para garantir saneamento básico e destinação correta de resíduos sólidos, bem como para melhorar a qualidade do ar. A geração de energia que seja suficiente para o conforto urbano sem grande impacto ambiental também se constitui um grande desafio, no Brasil e no mundo. O debate teve foco na busca de soluções para todas essas questões.

O debate no Fórum Social Temático discutiu também o papel que as cidades têm na construção de uma sociedade mais sustentável. Por um lado, são responsáveis por grande parte dos problemas globais. Hoje, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), metade da população mundial vive em cidades e 70% das emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, vêm dos grandes centros urbanos. As cidades são também grandes centros de consumo de produtos em geral e dos provenientes de regiões rurais ou de florestas em particular.

Para a ambientalista e Senadora Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, “de nada adianta uma Porto Alegre equilibrada sob o ponto de vista sociopolítico e ambiental, se ela consome produtos de uma Amazônia que caminha a passos largos para o desastre ambiental”. Ela ressalta, entretanto, que “não podemos ver as cidades como um mero amontoado de problemas. As cidades são também um espaço facilitador para a resolução desses problemas”. Oded Grajew, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, concorda: “As cidades têm uma importância vital na discussão dos modelos de desenvolvimento porque é nelas que se concentram as decisões de produção e consumo”.

Para o Instituto Akatu, é importante fazer dos consumidores dos grandes centros urbanos, agentes de transformação e construção de uma sociedade mais sustentável. “Na prática, isso significa que o consumidor deve buscar saber de onde vêm os produtos que consome e que impactos foram originados em sua cadeia produtiva. Com essas informações na mão, ele poderá escolher produtos com maiores impactos positivos que negativos sobre o indivíduo, a sociedade, a economia e ao meio ambiente. No caso da Amazônia, por exemplo, é importante tentar descobrir se os produtos adquiridos vêm de áreas de desmatamento ou se utilizam mão-de-obra irregular em sua produção”, explica Ana Maria Wilheim, diretora executiva do Instituto.

Clique aqui para saber mais sobre o que é consumo consciente. Baixe também a cartilha sobre os 12 Princípios do Consumidor Consciente, produzida pelo Instituto Akatu.

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